domingo, 28 de novembro de 2010

Eucalipto

Para falar a verdade nem sou muito fã do Globo Rural, pois volta e meia aparecem reportagens de atividades milagrosas. Entretanto, procuro assistir pois existem boas reportagens, e uma delas foi exibida hoje, tratando sobre o eucalipto. Seguem os links abaixo para quem quiser conferir!

Primeira parte:


Segunda parte:

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dica de negócio!

(clique na imagem para ampliar)
Negócio interessante para os colegas: lote em São Jorge do Ivaí, à venda em leilão, dia 16/12/10:
"Imóvel rural, lote de terras sob nº141/A, da Gleba Esperança, com área de 5,00 alqueires paulistas, ou seja, 12,10 ha, no município de São Jorge do Ivaí/PR. Matrícula nº 1.604 do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Mandaguaçu/PR.
a) Imóvel sem averbação da reserva legal e com área de preservação permanente, ficando a sua regularização a cargo do adquirente;
b) O imóvel possui um córrego na divisa, denominado Córrego Ararimbé, que é perene;
c) Há exploração agrícola (milho safrinha) cultivada pelo vizinho, sem contrato de arrendamento."
Localizado a 2 km do asfalto, entre São Jorge e o km 14, a 8 km da cidade.
Lance Mínimo 209.000,00 (só R$ 41.800,00 / alqueire)
Para maiores informações, acessar no site do leiloeiro: Kleilões  ou direto no edital
Vale a pena conferir.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conservação de solos

IAPAR recomenda manutenção de terraços mesmo no plantio direto

A eliminação dos terraços, estruturas de terra para retenção de água em áreas de cultivo, traz consequências desastrosas com aumento acentuado de erosão. Para tentar reverter o mau uso do solo, o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) lançou nota técnica, recomendando a manutenção do terraceamento em Sistema de Plantio Direto (SDP). Essa é uma das práticas mecânicas mais antigas e eficientes no controle da erosão.

O Paraná tem cerca de 5,7 milhões de hectares em plantio direto - mais de 80% de área agricultável do Estado. A técnica foi adotada na década de 70 e contribui para a redução da erosão. Com a eliminação dos terraços, segundo IAPAR, houve processo acentuado de erosão, principalmente em área com maior declive. Isso foi percebido com a ocorrência de chuvas intensas, nos últimos anos, expondo novamente a agricultura paranaense a perdas de solo.

Para os pesquisadores do IAPAR o plantio direto isoladamente não é suficiente para o controle da erosão.

A nota técnica recomendada pelo IAPAR foi elaborada por pesquisadores, que simularam as perdas de solo, utilizando recomendações de espaçamento entre terraços, já publicadas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). No estudo, eles comparam as perdas de solo em situação de plantio convencional. O IAPAR lançou o Boletim Técnico Nº 71 de agosto de 2010º - Espaçamento entre terraços em plantio direto com as seguintes recomendações:

Recomendações:
1 - Os terraços devem ser mantidos em Sistema de Plantio Direto, pois é uma prática eficiente para controle da erosão, principalmente em anos com maior erosividade.
2 - A prática de remover um terraço a cada dois em Sistema de Plantio Direto não é recomendada para cultura anuais.
3- As recomendações de espaçamento entre terraços do Iapar E IAC apresentam perdas do solo próximas entre si para todos os cenários analisados.
4- As áreas agrícolas com espaçamento entre terraços do Iapar podem ser mantidas.
5- As áreas agrícolas onde serão construídos terraços podem utilizar tanto a recomendação de espaçamento de terraços do Iapar quanto do IAC.

A resolução 172/2010 que estabelece critérios para alocação de terraços em sistema de plantio direto, segundo orientações técnicas do IAPAR foi lançada pelo governador no dia 3 setembro em Campo Mourão.

O produtor que recusar a seguir o que determina a resolução 172/2010, pode ser notificado pela a resolução nº 066/2001 que dispõe sobre normas regulamentadoras dos procedimentos fiscalizatórios para preservação do solo agrícola no Estado do Paraná.

Maiores informações:
Legislação sobre normas regulamentadoras - processos fiscalizatórios
Cartilha Plantio Direto FAEP
Fonte: Faep

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Seminário de Produção Orgânica

Na próxima segunda-feira, dia 22, a partir das 08:00 horas, no Recinto de Leilões da Sociedade Rural de Maringá (Parque de Exposições), teremos o presente seminário, que deve abordar a produção orgânica como caminho para a inclusão social de produtores da agricultura familar. A programação inclui palestras sobre produção e mercado. Inscrições antecipadas podem ser feitas através do site www.maringa.pr.gov.br/spo. Estaremos lá, espera-se grande número de produtores.

domingo, 14 de novembro de 2010

Soluço na China

Chicago: Soja e milho trabalham no limite de baixa

Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago trabalharam com forte queda na sessão diurna desta sexta-feira. Os preços da soja e do milho operaram no limite de baixa. A soja acabou fechando com praticamente (-) 0,70 para todos os vencimentos futuros, o que significa, uma queda de 70 centavos de dólar por bushel, ou US$ 1,50 por saca, ou ainda, em torno de R$ 2,60 por saca.

O ajuste econômico promovido pela China com o aumento da taxa de juros para conter a inflação pressionou os preços em todo o mercado de commodities nesta sexta-feira. A soja, dentre as commodities agrícolas negociadas na CBOT, é a que registrou as perdas mais expressivas. O vencimento maio perdeu o patamar dos US$13/bushel ainda no pregão noturno. Ao final do dia, passou simplesmente de US$ 13,47 para US$ 12,77.

De acordo com alguns analistas, essa movimentação pode ser rápida e passageira por conta da demanda chinesa - que continua firme e aquecida - e por conta de uma redução na produção de grãos nos Estados Unidos, além da briga por área, que deve atuar como fator de sustentação para os preços.

Os analistas apostam também na China como expressivo comprador de milho devido à quebra da safra chinesa. Para a soja, a procura continua crescente e acredita-se que essa queda nos preços pode ser uma oportunidade de compra na próxima semana.

Enfim, o circo está armado. Amanhã é feriado no Brasil, mas não no mundo. Estou lembrando de alguns anos atrás no fatídico soja a R$ 52,00: um chinês expirou na sexta, parece que também tinha feriado no meio, e o mercado simplesmente despencou. Tomara que esse comportamento de sexta-feira seja apenas um soluço, pois caso contrário, na terça-feira estaremos trabalhando com soja a R$ 42,00 ou menos por saca, aqui em Maringá, a não ser que o dólar tenha comportamento inverso e amenize essa perda. Vamos esperar para ver.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Preços da soja

Fiz um levantamento dos preços da soja desde 1997, e elaborei o primeiro gráfico abaixo, que nos dá uma idéia da situação dos preços atuais no contexto do período. Os preços, em reais,  foram obtidos do levantamento do CEPEA-Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (vide o site), e se referem ao preço do produto segundo o Indicador Soja CEPEA/ESALQ-Paraná, um levantamento diário de negociações no mercado físico de lotes (entre empresas), portanto os preços são um pouco acima do mercado de balcão, mas refletem fielmente a variação no período.

De posse destes dados diários, obtive a média mensal destes preços, e após levantamento do dólar médio mês a mês neste mesmo período, transformei a série do CEPEA em dólar, fazendo um gráfico específico. Este segundo gráfico mostra bem o que aconteceu a partir de 2007, quando os preços da soja mudaram de patamar, e a antiga média de 10-12 dólares por saco ficou para trás, simplesmente dobrando esses números. Neste novo período, representado pelos últimos 4 anos, o menor preço foi US$ 18,50 e o maior US$ 32,50.

Portanto, esses US$ 28,00 de hoje estão bem próximos do pico de preço, e sobretudo um pouco acima das melhores médias desses últimos três anos. Muito bom!



(Clique nos gráficos para ampliar e melhorar a visualização) 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bom momento III

Hoje a soja bateu US$ 12,72 por bushel no produto atual e beirou os 13 dólares (US$ 12,93) para maio/11, o que dá US$ 28,00 e US$ 28,50 por saca, respectivamente, para o presente e o futuro, preços pra lá de bons. Traduzindo em miúdos, temos hoje no físico, preço de balcão em Maringá,  a soja beirando os R$ 43,00/sc, e a possibilidade de venda a termo (futura), para entrega em março/11,  por R$ 43-44, e dependendo da empresa até R$ 45,00/sc.
Se considerarmos que a soja, nesta safra 10/11, deve custar em torno de R$ 900,00 por hectare, numa conta simples, concluímos que, caso o produtor garanta esse preço, serão necessárias 20 sacas por hectare para cobrir todos os custos, nada mal para uma cultura que tem como média na região cerca de 45-50 sc/ha, ou seja, a rentabilidade é de aproximadamente 120%, podendo superar esse número caso a safra seja parecida com a 09/10, quando as condições climáticas foram muito favoráveis, e muitos produtores chegaram a 60 sc/ha.
Então, está claro que embora o mercado possa subir mais, a única garantia no momento é esse contrato atual que dá esta boa margem, suficiente para o bom empresário fazer as contas das despesas e garantir, pelo menos, seu custo de produção. É a antiga história da média de preços, vende melhor quem vende parcelado. 
Se já é difícil acertar na mosca, imagina querer acertar, num tiro, o "olho da mosca". Enfim, o mercado está muito bom, o cenário é positivo e otimista para os próximos meses, mas não esqueçamos que o produto é negociado em bolsa, que sofre a maré de mercado, e nem sempre segue a lógica da oferta e demanda, tem muito mais condicionantes que os produtores aqui no interior nem imaginam.
Assim, vale o antigo ditado que diz que "cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém", e como disse o ilustre Roberto Rodrigues, é bom colocar a barba de molho.