domingo, 14 de novembro de 2010

Soluço na China

Chicago: Soja e milho trabalham no limite de baixa

Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago trabalharam com forte queda na sessão diurna desta sexta-feira. Os preços da soja e do milho operaram no limite de baixa. A soja acabou fechando com praticamente (-) 0,70 para todos os vencimentos futuros, o que significa, uma queda de 70 centavos de dólar por bushel, ou US$ 1,50 por saca, ou ainda, em torno de R$ 2,60 por saca.

O ajuste econômico promovido pela China com o aumento da taxa de juros para conter a inflação pressionou os preços em todo o mercado de commodities nesta sexta-feira. A soja, dentre as commodities agrícolas negociadas na CBOT, é a que registrou as perdas mais expressivas. O vencimento maio perdeu o patamar dos US$13/bushel ainda no pregão noturno. Ao final do dia, passou simplesmente de US$ 13,47 para US$ 12,77.

De acordo com alguns analistas, essa movimentação pode ser rápida e passageira por conta da demanda chinesa - que continua firme e aquecida - e por conta de uma redução na produção de grãos nos Estados Unidos, além da briga por área, que deve atuar como fator de sustentação para os preços.

Os analistas apostam também na China como expressivo comprador de milho devido à quebra da safra chinesa. Para a soja, a procura continua crescente e acredita-se que essa queda nos preços pode ser uma oportunidade de compra na próxima semana.

Enfim, o circo está armado. Amanhã é feriado no Brasil, mas não no mundo. Estou lembrando de alguns anos atrás no fatídico soja a R$ 52,00: um chinês expirou na sexta, parece que também tinha feriado no meio, e o mercado simplesmente despencou. Tomara que esse comportamento de sexta-feira seja apenas um soluço, pois caso contrário, na terça-feira estaremos trabalhando com soja a R$ 42,00 ou menos por saca, aqui em Maringá, a não ser que o dólar tenha comportamento inverso e amenize essa perda. Vamos esperar para ver.

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