Foto: Boletim FAEP 1121 (dez/10)
Somente no Paraná, responsável por 26% da produção nacional de frango, são abatidos mais de 1,3 bilhão de cabeças por ano. No Estado existem cerca de 14 mil estabelecimentos avícolas, a maioria de pequenos e médios produtores, concentrados principalmente nas regiões Oeste e Sudoeste. O último Boletim da FAEP trata do assunto, sob a ótica do volume de cama produzido, mostrando que esse subproduto pode ser um grande negócio para os produtores. Se cada ave produz em torno de 1,2 kg de cama, imagina a quantidade de esterco disponível.
Para quem não se deu conta ainda, basta fazer os cálculos, tomando como base a composição média do material, para se chegar a conclusão do quanto o produto é mais barato que o adubo mineral. Lógico que não se fala em trocar o fertilizante químico, mas pode-se muito bem substituí-lo parcialmente e fazer um boa economia. Segundo estudo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, uma cama reutilizada por seis lotes, por exemplo, pode ter em sua composição: 3,5% de nitrogênio, 3,8% de fósforo e 3% de potássio, além de outros macro e micronutrientes como cálcio, magnésio, ferro e enxofre.
Uma conta simples, baseada em cálculo semelhante feito por engenheiro agrônomo do SENAR: uma tonelada de cama de frango possuiria 35 kg de N, 38 kg de P2O5 e 30 kg de K2O, o que demandaria em termos de adubo químico, por exemplo, 78 kg de uréia, 200 kg de superfosfato simples e 50 kg de cloreto de potássio. Em termos de valores, essa quantidade de fertilizantes custa hoje mais de R$ 300,00, o que indica uma economia tremenda caso se utilize a cama, que hoje na região pode ser encontrada por até R$ 70,00 por tonelada.
Particularmente venho defendendo esse material há muito tempo, porém com bases técnicas. Ou seja, após consulta ao profissional da área agronômica, pois há outros aspectos a serem considerados, não apenas essa questão química, mas também as físicas e biológicas, que por sinal também são bem favoráveis.
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