terça-feira, 16 de março de 2010

Guerra do algodão

A história é mais ou menos assim: é sabido que há muito tempo os EUA dão uma força aos seus produtores, com subsídios que tiram qualquer concorrente da parada, principalmente os produtores brasileiros, concorrentes diretos de muitos produtos que se planta aqui e lá. E apesar das reclamações, o negócio sempre continuou, afinal "eles" são o poder dominante, maior consumidor mundial, primeira economia e coisa e tal. Mas enfim, depois de 8 anos, uma reclamação formal do Brasil junto a Organização Mundial do Comércio (OMC), teve ganho de causa no ano passado.
Assim, o Brasil como forma de compensação, por US$ 12,5 bilhões em subsídios americanos aos produtores de algodão, foi autorizado a restringir exportações americanas num volume total de US$ 829 milhões. Os americanos, no desespero, tentam sugerir que a retaliação - que tem todo o amparo legal - pode atrapalhar a relação comercial entre os dois países e transformar-se numa guerra comercial. 
E tem muita gente que entra nesse jogo, cheguei a ver um programa de televisão, onde o apresentador dizia que por conta dessa posição do Brasil, o pãozinho ia subir, já que o trigo americano para entrar no Brasil agora teria que pagar um imposto maior, e o povo que pagaria o pato. Pode até ser, que em alguns casos, o povo pague um pouco essa conta, mas o prazer de ver exercido um direito e a soberania de um país vale tudo isso, ainda mais contra o imperialismo americano. Pelo menos essa é minha opinião.
Aproveito e coloco um link de um artigo que li e que traz uma análise bem sensata e que ajuda a esclarecer a questão.
Para ler e se inteirar melhor sobre o assunto, é só clicar no texto Brasil transferiu desgaste aos EUA com retaliação.

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