domingo, 11 de julho de 2010

La Niña II

O Fenômeno La Niña tem dois impactos bem caracterizados: Primeiro atrasa o retorno das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Enquanto para as lavouras do Sul do Brasil e também de Mato Grosso do Sul reduz a incidência de chuva e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão. Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático, principalmente quando comparado com o observado na safra passada. O retorno das chuvas este ano deve ocorrer somente no final de outubro e no decorrer de novembro, mesmo assim de forma muito irregular, o que deve implicar no atraso do plantio para as lavouras de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins. Durante o verão as chuvas nesses estados devem apresentar um comportamento médio, com o risco das chuvas se prolongarem até abril e meados de maio. Já as lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também de Mato Grosso do Sul não devem enfrentar grandes problemas na fase de plantio entre outubro e novembro, porém devem considerar o risco de estiagem durante os meses de verão. Inclusive, a continuidade do La Niña remete para um outono também com chuvas abaixo da média.

Portanto, para nossa região, que tem a cultura da soja como carro chefe, temos algumas preocupações para a próxima safra. O importante é que hoje em dia, com o nível de informação, as previsões climáticas são bem antecipadas, de forma que podemos nos valer de técnicas para diminuir as perdas em eventuais eventos. Lógico, que a dificuldade é que as previsões não são perfeitas e nem detalham o período que vai ocorrer o problema, mas mesmo assim, sabendo de sua probabilidade, podemos nos preparar para minimizá-lo. No caso da soja, podemos citar: plantio escalonado, utilização de variedades de ciclo médio, maior racionalização do uso de fertilizantes, entre outras.

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