sábado, 24 de abril de 2010

Diversificação no Noroeste III

Quatro bons exemplos que vi ontem nas andanças pela região de Paranavaí, em solos do arenito:

Exemplo 1: Área com leguminosa (amendoim) colhido recentemente, onde produtores fazem uma parceria perfeita, em que o proprietário, neste caso, pecuarista, arrenda a área a baixo custo ao produtor do grão, que após a colheita entrega a área em condições extremamente melhores para a renovação da pastagem. O modelo também tem sido utilizado na reforma da cana, onde a leguminosa entra como recuperadora da fertilidade. No caso abaixo, o dono do imóvel também iniciou a integração de pecuária com floresta (sistema silvipastoril), mostrando a visão empreendedora e sistêmica que se tem que dar às propriedades, única forma de viabilizar a atividade agropecuária atualmente. 

clique nas fotos para ampliar

Exemplo 2: Laranja implantada há três anos, com a gramínea Brachiaria ruziziensis na entrelinha. A cultura, embora tenha passado 2009 pelo seu pior ano da última década (97-98 tinha sido a última crise), é uma atividade muito segura e rentável para o arenito, que cai muito bem nas propriedades diversificadas, ou seja, que a tenham como mais uma fonte de renda, não única. Na verdade, a solução é válida para qualquer propriedade do planeta, "trabalhe com mais de uma atividade (também não exagere, mais que três é complicado), dificilmente todas vão passar por situações delicadas ao mesmo tempo".

Exmplo 3: Pastagem fertiirrigada com manipueira de mandioca - resíduo líquido industrial gerado nas fecularias e farinheiras. Observe o contraste com a pastagem convencional após 30 dias sem chuva (amplie a foto à direita: propriedades ao fundo). Em ambas, o primeiro plano é o pasto fertilizado, a tonalidade diferente é apenas pela posição da foto em relação ao sol.

 
Exemplo 4: Sistema agro-silvo-pastoril, em que no primeiro momento se faz o plantio da mandioca concomitante com a implantação do eucalipto. Após a colheita da lavoura, intruduz-se a pastagem, quando o eucalipto está suficientemente desenvolvido para que o gado possa ser colocado na área, sem risco de danos. A equação é simples, a mandioca gera renda inicial que paga o plantio do eucalipto e a introdução do pasto. A silvicultura no curto prazo melhora a produtividade pecuária (quebra ventos, menor perda de água, controle de erosão, sombreamento para o gado, etc) e no longo prazo vai gerar uma renda extra com o corte da madeira.

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