terça-feira, 8 de novembro de 2011

La Niña pode avançar até meados de 2012

Segundo meteorologista, clima já está sendo afetado pelo fenômeno climático

As condições climáticas globais começam a configurar o retorno do fenômeno climático “La Niña”, podendo observar uma diminuição das temperaturas da superfície do mar no decorrer dos próximos meses. Os prognósticos climáticos de grande escala, segundo o meteorologista Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), indicam que este fenômeno deve continuar pelo menos até meados do próximo ano, atingindo sua fase plena entre os meses de janeiro e março de 2012. Sendo assim, o clima nesta safra de verão, que está iniciando, deve ser influenciado pelo “La Niña”. De acordo com Lazinski, as temperaturas podem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes para a época do ano com quedas bruscas de temperaturas.

OUTUBRO - As precipitações ocorridas durante o mês de outubro ficaram levemente acima da média na maior parte do estado do Paraná, porém apresentando um padrão irregular, intercalando períodos de muita chuva, com períodos maiores sem precipitação. “As chuvas foram favorecidas pela passagem de duas frentes frias pelo estado, uma em meados de outubro e a outra no final do mês. As temperaturas continuam apresentando variações extremas, ou seja, períodos de temperatura acima da média para época do ano, intercalado com períodos de temperaturas muito baixas”, completa Lazinski.

UMIDADE - Com isso, a umidade no solo vem se mantendo em níveis muito bons, o que tem favorecido o bom desenvolvimento das lavouras neste início de safra. Essas condições também são observadas no Rio Grande do Sul, onde o plantio de soja e arroz avançam. Já o plantio de milho encontra-se encerrado nas principais regiões produtoras, com bom desenvolvimento vegetativo, favorecido pelas excelentes condições de solo e clima. (Agrolink)

domingo, 6 de novembro de 2011

MT esgota estoque de semente de milho

A conclusão do plantio da safra de verão dentro da janela ideal de clima e o uso de sementes de soja precoces (com ciclo médio de 120 dias) estão garantindo condições para que Mato Grosso cultive, em 2012, uma safra gigantesca de milho de inverno. Embora haja muito chão pela frente, os agricultores do estado estão com quase tudo pronto para aumentar, mais uma vez, o plantio do cereal do segundo ciclo da temporada, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo.

Levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgado nesta semana projeta aumento de 14% na área do milho no inverno. Em 2 milhões de hectares, a produção chegaria a 9 milhões de toneladas no estado. O Paraná, segundo maior produtor do cereal na safrinha, vem colhendo 6,1 milhões de toneladas na estação.

A empolgação provoca falta de semente em Mato Grosso, atesta Jaime Binsfeld, diretor comercial da Fiagril, uma das maiores empresas de venda de insumos do Médio-Norte mato-grossense, região que concentra 45% da produção estadual de milho e 30% da de soja. Sidnei Manso, um dos coordenadores da equipe de vendas, acredita que 60% da área do Médio-Norte será ocupada por sementes de alta tecnologia e 40% de menor valor e menos produtivas. “As empresas estão vendendo todos os seus estoques. Híbridos de ponta vão faltar no mercado”, avalia.

O agricultor Ciro Ida, de Lucas do Rio Verde, mostra-se receoso com a entrega de sementes compradas para a segunda safra de milho. Ele diz ter investido na compra de variedades que têm tecnologia de ponta. “Soube que alguns colegas produtores tiveram o dinheiro da semente devolvido, mesmo depois de pagar à vista pela mercadoria. A empresa que eu comprei me garantiu que não vai ter problema para entregar. Vamos ver.”

Gargalo
A capacidade de armazenamento e a logística de Mato Grosso, no entanto, acendem o sinal amarelo. “Neste ano, enfrentamos atraso com a safra e ainda temos muito milho para embarcar. Se trabalharmos com um número de 10 milhões de toneladas para a safrinha, penso que teremos problemas, pois o consumo não deve passar de 2,5 milhões (t). Isso significa que podemos ter um excedente de 7,5 milhões (t)”, analisa Binsfeld.

Principal exportador de milho do Brasil, Mato Grosso tem assumido parcela cada vez maior no mercado internacional. De janeiro a setembro deste ano deste ano, enviou 15% mais milho para o exteriro do que durante todo o ano passado. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que os mato-grossenses já embarcaram 4,24 milhões de toneladas de milho, contra 3,62 milhões registrados no mesmo período de 2010.

E é justamente esse apetite internacional crescente que mantém as expectativas positivas dos produtores brasileiros. Eles acreditam na firmeza dos preços do cereal que, por enquanto, estão se segurando perto dos R$ 20 por saca (quilos) no Mato Grosso.

Fonte: Gazeta do Povo

domingo, 2 de outubro de 2011

Plantio de soja

Cheguei de viagem e li a notícia abaixo. Pela manchete achei que se referia ao plantio antecipado, já que por aqui na região, se planta soja até em setembro. Mas a questão é outra, daí temos duas questões então, que quando se juntam causam um belo problema. Um outro apontamento perigoso é quanto ao aumento da população de plantas, já que é comum, na região, entre os produtores o uso de quantidade de sementes acima do recomendado, o que chega a causar prejuízos, como na última safra, onde as condições climáticas foram muito boas, e houve acamamento de soja, justamente pelo exagero no plantio.
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Pressa na semeadura traz prejuízo a sojicultor

Falando na manhã de ontem a produtores e técnicos na Cocamar, pesquisador da Esalq/USP diz que perda não é pequena
“Os produtores do Paraná parecem que apostam corrida no momento de semear”, comentou o pesquisador Antônio Luiz Fancelli durante evento realizado na manhã de ontem na Cocamar em Maringá, que reuniu cerca de 80 produtores e técnicos. Caso típico em que a pressa é inimiga da perfeição: o resultado da correria, segundo Fancelli, é que 15% das plantas não nascem, reduzindo a produtividade em pelo menos 8,5 sacas por hectare. O ideal, orienta, é que a semeadeira seja conduzida, no máximo, entre 5 e 6 quilômetros por hora.
Cuidados na implantação e no manejo inicial da lavoura de soja foram abordados pelo pesquisador, é especialista em solos e nutrição de plantas na Esalq/USP. Entre os participantes estavam cooperados que participam do Programa de Aumento de Produtividade de Soja (Paps), realizado pela Cocamar desde 2006.
Segundo ele, a receita do sucesso começa pela qualidade da semente, mas aumentar a população de plantas, seguindo orientação técnica, também pode ser importante. (Fonte: Flamma).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O negócio é sério !!!

Greening atinge 7,6 milhões de árvores dos laranjais de SP

Pesquisa do Fundecitrus detectou a duplicação da incidência na praga nos pomares paulistas, em especial na região central do estado - São Paulo

O greening avança de forma preocupante nos laranjais paulistas e já afeta, somente este ano, 7,6 milhões de pés, que precisam ser eliminados para não infectar as demais árvores. Em um ano, o número de plantas atingidas pela praga praticamente dobrou em São Paulo, segundo o gerente do departamento técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari, alcançando 3,8% das árvores e 53,3% dos talhões do parque citrícola de São Paulo. Para o pesquisador, o avanço da doença mostra que é preciso aumentar os cuidados com o controle. "Somente as aplicações de inseticidas não são suficientes para impedir o crescimento da doença, uma vez que não é possível zerar a população da praga", afirma Massari.

O levantamento amostral é realizado anualmente pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), instituição de pesquisa mantida pela cadeia citrícola paulista. No ano passado, 1,8% das plantas e 38,8% dos talhões paulistas apresentavam a doença. Este ano o número de árvores infectadas teve aumento de 111% enquanto a incidência nos talhões aumentou 37,7%. O greening, conhecido como a doença mais destrutiva da cultura do citros (laranja, tangerina e limão), deixa as folhas amareladas onde podem ser observadas manchas irregulares. Ocorrem também mal formações nos frutos e a árvore necessita ser arrancada pela raiz e queimada para não contaminar o pomar inteiro. A região mais afetada pela doença é a central, com 6% de árvores doentes, seguida pela sul com 5%. A região norte apresentou 0,8% de plantas contaminadas, a oeste, 0,7% e noroeste, 0,17%.

Apesar dos números, o Fundecitrus lembra que o percentual de plantas doentes ainda continua inferior se comparado com o estado norte-americano da Flórida, segundo maior parque citrícola do mundo, que tem aproximadamente 18% de plantas contaminadas. "Esse resultado se deve à resposta dos produtores ao treinamento e adoção, mesmo que sem a intensidade recomendada. O uso de mudas sadias e certificadas, constantes inspeções no campo, erradicação de plantas doentes e controle do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, são as principais ações de combate à doença", diz a nota da instituição. Atualmente, o parque citrícola paulista possui 200 milhões de laranjeiras.
De acordo com Massari, dentre as medidas de manejo da doença, a mais importante é a remoção das plantas doentes, pois se mantidas nos pomares, servem de fonte para a contaminação de plantas sadias. Por outro lado, é fundamental a adoção de controle do inseto vetor, por meio de pulverizações. Essa é uma iniciativa importante, porém não pode ser adotada isoladamente. Nesse sentido, é importante reforçar que as medidas devem ser adotadas de maneira integrada, pois uma complementa a outra. O Fundecitrus reforça que o ideal, para ser eficaz, é que os citricultores realizem o manejo regional.
Em 2010, uma pesquisa da instituição comprovou que, quando feito em conjunto por vários produtores vizinhos, o manejo do greening é mais eficaz, reduzindo até 90% os níveis de incidência da doença. Desde então, a instituição apoia a formação de grupos de manejo regional do greening.

Em todo o estado, grupos se formaram, totalizando 4.379 propriedades trabalhando em conjunto para o controle do inseto vetor. Em Mogi Mirim, na região sul do estado, o produtor Arnoldo Mielke está trabalhando em conjunto há, aproximadamente, um ano. Em seu pomar, no primeiro semestre de 2011, encontrou 0,75% de plantas doentes. Além das pulverizações, Mielke realiza constantes inspeções na propriedade. "Assim que encontro a planta doente, já faço a erradicação na mesma semana. Minha meta é evitar que a doença passe de 1%", diz. Antônio Hermes Bruno, também de Mogi Mirim, é favorável à ação conjunta. "O pessoal precisa ter consciência e atuar com o planejamento das ações de maneira coordenada. Só assim vamos manter o greening sob controle", destaca.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A força das multinacionais

Liminar concedida à MONSANTO recolhe cartilha sobre produtos orgânicos

A cartilha "O Olho do Consumidor" foi produzida pelo Ministério da Agricultura, com arte do Ziraldo, para divulgar a criação do Selo do SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que pretende padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor.

A multinacional de sementes transgênicas Monsanto obteve uma liminar em mandado de segurança que impediu sua distribuição. O arquivo foi inclusive retirado do site do Ministério (o link está "vazio").

Para quem quiser ver o conteúdo da cartilha é só clicar aqui.

domingo, 4 de setembro de 2011

Bom momento do café

Só lembrando que o café tem o ciclo bienal e não bianual. O erro é frequente. Bienalidade é a característica do café de apresentar altas produções alternadas com safras baixas. Se fosse bianual teria duas produções em um ano.
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Aperto da oferta fortalece produtor do Brasil

Demanda mundial pelo produto continua crescendo e brasileiros podem superar os norte-americanos na liderança do consumo

Produtores de café do Brasil terão posição privilegiada na negociação de seus estoques no longo período entressafra, de outubro a maio, após a colheita da safra "de baixa" produção do ciclo bianual do arábica e com o crescimento da demanda.

A demanda global pelo produto continua crescendo apesar da turbulência econômica dos últimos anos, enquanto o crescimento da oferta continua em ritmo mais lento, com as árvores do Brasil levando tempo para responder à melhora do uso de insumos.

ACORDOS DIFÍCEIS - Corretores locais dizem que a realização de acordos entre produtores e importadores de café está cada vez mais difícil, com a volatilidade dos preços futuros levando agricultores a resistirem, com esperanças de melhores negócios.

O café do Brasil vai continuar "caro pois os produtores estão no banco do motorista. Eles estão vendendo muito pouco e estão muito disciplinados, e a demanda está grande. É um mercado dos produtores", disse o trader John Wolthers, da Comexim.

Apertando ainda mais a situação este ano estão as previsões de aumento de 5 por cento no consumo de café no Brasil, um grande mercado que deve superar os Estados Unidos, tirando-os do primeiro lugar no início de 2012, caso o ritmo de crescimento continue alto. (Reuters)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Novos desafios para a citricultura

Pesquisa mostra que consumo de suco de laranja caiu em 127 mil toneladas nos últimos oito anos. Setor procura formas de reverter o quadro Estudo encomendado pela CitrusBR com dados da Tetrapack e Euromonitor copilados pela consultoria Markestrat, aponta queda de 5,3% no consumo mundial de suco de laranja nos últimos sete anos. Os dados compreendem os anos de 2003 a 2010. A queda se deve, principalmente, ao aumento da concorrência com outras bebidas, como águas, energéticos, isotônicos, entre outros.

De acordo com a pesquisa, que observou os 40 principais países compradores da bebida, a redução é equivalente a 127 mil toneladas. Para se ter idéia, esse número é maior do que o total consumido em 2010 pelo Canadá. Somente nos Estados Unidos, principal comprador de suco, o recuo de 2009 para 2010 foi de 5%, o que representa 42 mil toneladas a menos. Um volume que equivale ao total de suco industrializado consumido no Brasil no último ano.

Em mercados importantes como a Alemanha e Reino Unido, nos últimos sete anos, a queda foi de 22,8% e 2,5% respectivamente. Em termos financeiros, levando-se em conta preços atuais do suco no mercado internacional, as perdas giram em torno de US$ 254 milhões, e afetam toda a cadeia produtiva. Segundo o presidente da CitrusBR, o cenário é desafiador e exigirá uma renovação da indústria. “É um momento para o setor se reinventar. Precisamos entender as mudanças no mercado para implantar ações e continuarmos competitivos”, explica.

O estudo demonstra que apesar da queda acentuada nos principais mercados, houve crescimento na demanda em países emergentes como Brasil, Rússia, Índia e China, que formam o grupo BRICs, e México. Nesses mercados se registrou um aumento de 41% ou 78 mil toneladas de suco de laranja. No entanto, esse crescimento ainda não compensa as perdas, já que nos outros 35 principais países a queda de 9,2% representa um recuo de 204 mil toneladas. Isso se dá, principalmente, por que os países com menor renda consomem o suco de laranja de forma diluída, como néctares e principalmente refrescos. “Os países emergentes estão, de fato, crescendo o consumo. Porém, é um movimento lento que vai levar um bom tempo para se consolidar, exige altos investimentos, além de aumento da demanda nos países emergentes e mudanças nos hábitos de consumo”, comenta Lohabauer.

No caso da China, houve um aumento de 99% no consumo, o equivalente a 44 mil toneladas. Embora os números sejam expressivos, estão longe de compensar a queda em outros mercados. Somente na Alemanha, foram 58 mil toneladas a menos no mesmo período. Em 2010 o consumo total chinês representou aproximadamente 10% do consumo americano no mesmo ano.

Outros países que demonstram boas taxas de crescimento são Argentina e Chile. A Argentina, por exemplo, saltou de 4 mil toneladas em 2003, para 17 mil toneladas em 2010, Um crescimento de 358%. O Chile registrou um crescimento vigoroso de 2003 a 2010, saltando de 6 mil toneladas para 11 mil. “A proximidade do Brasil, o Mercosul e possíveis facilidades de transporte poderiam trazer algumas vantagens competitivas no caso de investimentos para o desenvolvimento desses mercados”, ressalta Lohbauer. Onde mais caiu Países da Europa, com alto consumo de suco de laranja, mostram uma queda importante De 2003 a 2010Estados Unidos: -19% = 194 mil toneladas

Alemanha: -22,8% = 58 mil toneladasReino Unido: -2,5% = 3 mil toneladas

Japão: -18% = 23 mil toneladas Onde cresceuPaíses em desenvolvimento com baixo consumo apresentam bom desempenho De 2003 a 2010

Rússia: 63,8% = 84 mil toneladas

China: 99% = 88 mil toneladas

Marrocos: 743% = 5 mil tonelados

Argentina: 358% = 13 mil toneladas

Indonésia: 212,8% = 6 mil toneladas

Romênia : 162,7%= 4 mi toneladas

Resultado: Somando todas as perdas com todos os ganhos, o mundo bebe 127 mil toneladas a menos de suco de laranja concentrado-equivalente, o que equivale ao consumo total da França durante um ano.

Fonte: Agrolink