Inoculação de bactérias fixadoras de nitrogênio pode ser mais uma tecnologia a disposição dos produtores de cana para reduzir custos.
A exemplo do que já ocorre com a soja, a inoculação de bactérias fixadoras de nitrogênio poderá ser mais uma tecnologia a disposição dos produtores de cana-de-açúcar para reduzir custos de produção e aumentar a produtividade. O nitrogênio, usado em grande escala na agricultura, é um dos elementos que quantitativamente mais limita o crescimento das plantas. Ele existe de forma abundante no ar, cerca de 80%, mas as plantas não são capazes de absorver na forma gasosa, apenas absorvê-lo do solo na forma de compostos solúveis como nitrato e amônio. No final do século passado descobriu-se que várias espécies de leguminosas como soja e feijão, possuíam nódulos nas raízes contendo bactérias do gênero Rhizobium que podem transformar o nitrogênio gasoso em amônia, utilizada para o crescimento da planta num processo chamado de fixação biológica da planta.
Estudos iniciaram na década de 50
A cana-de-açúcar não possui essa capacidade de formar nódulos nas raízes. Mas, na década de 50, iniciaram-se estudos no Brasil sobre outras bactérias fixadoras de nitrogênio que se associam a essa cultura. A pesquisadora da Embrapa, Dra. Johanna Döbereiner, de renome internacional, é que isolou algumas espécies.
A eficiência agronômica das bactérias fixadoras de nitrogênio e promotoras de crescimento em gramíneas (Azospirillum brasilense), selecionadas na UFPR pela equipe do professor Fábio de Oliveira Pedrosa, foi comprovada para o arroz, trigo e milho com incrementos na produtividade de grãos de até 11% na cultura do trigo e até 30% em milho. Liberado pelo Ministério da Agricultura, o inoculante para essas culturas já está disponível no mercado.
Esta notícia completa e interessante está disponível no Jornal Paraná Açúcar & Alcool, edição Julho/2010.
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