terça-feira, 28 de junho de 2011

Governo corta crédito para as commodities

Acabo de ler a seguinte notícia na mídia (clique aqui para a íntegra), onde Faep e Ocepar cobram do Governo alteração no Plano Agrícola e Pecuário, alegando que o limite único de financiamento a juros controlados, de R$ 650 mil por produtor, englobando todas as culturas, representaria um corte de 43,5% do crédito rural dos produtores de milho e soja.

Faço o seguinte contraponto com duas reflexões:

a) Qual será a opinião dos produtores de frutas, café, pecuária, hortaliças, entre outras culturas que os últimos planos marginalizavam ? Para estes o aumento é muito bem vindo, ainda mais que o custo de produção destas culturas, que na maioria dos casos geram muito mais empregos, é também maior;

b) Segundo informações divulgadas pela própria Faep na matéria especial "Boletim Código Florestal" (clique aqui para todo o conteúdo), na pág 2 cita que  "... de acordo com dados do INCRA de 2010, as propriedades com até 4 módulos fiscais são 90% de todas as propriedades no país (4,7 milhões). Os estados do sul, sudeste e nordeste são responsáveis por mais de 70% de toda a produção agropecuária do país e neles se concentra a maioria das propriedades com até 4 módulos fiscais (cerca de 60 a 80 hectares, dependendo do local). As regiões mencionadas detêm 4 milhões de propriedades (85,9% do total), com área de 93,4 milhões hectares (68,9% do total)"...  Então, a medida vai acabar prejudicando uma pequena minoria de grandes produtores no Paraná. Nas minhas contas, com R$ 650 mil dá para um produtor individual cultivar 500 hectares de milho ou 700 ha de soja, área que no Estado é considerada grande e limitada a um grupo restrito de produtores.

Nas minhas contas: 2 x 0 para a isonomia!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tese de mestrado

Para quem não sabe, nosso grande amigo Celso Seratto se tornou Mestre em Economia em 2010, e tivemos o prazer de vê-lo defendendo a tese. Segue abaixo o resumo do trabalho e o link para quem quiser ler toda a dissertação, cujo tema foi: "Viabilidade econômica de um projeto de produção de energia elétrica via biomassa florestal: estudo de caso a partir da Usina Santa Terezinha de Paranacity''. É a prova que o eucalipto é realmente multiuso e tem um grande potencial de aproveitamento.

Resumo
À luz da teoria de origem shumpeteriana, este trabalho avalia a viabilidade de um projeto de inovação, do tipo incremental, de processo, no seu sentido para a firma, que foi consolidado em um estudo de caso para a Unidade Termelétrica da Usina Santa Terezinha de Paranacity/PR. O projeto aproveita a capacidade ociosa do sistema termogerador de extração e condensação, no contraturno e na entressafra da cana, visando aumentar a produção de energia elétrica e créditos de carbono, suprindo o déficit do combustível convencional – o bagaço –, com a biomassa florestal – cavacos de Eucalipto –, que seriam cultivados em 5.059,8 ha arrendados. E, prevê usar os equipamentos agrícolas e de transporte disponíveis, além de adquirir os insumos e implementos destinados ao cultivo florestal com financiamento via BNDES e, as máquinas e equipamentos destinados à colheita mecanizada de processamento da biomassa deverão ser adquiridos via operação de leasing. A análise de viabilidade econômica e financeira foi feita com projeção no horizonte de 18 anos, com a técnica do fluxo de caixa descontado, utilizando os critérios da TIR, VPL e payback, à taxa de desconto equivalente a TMA de 13,75% a.a.. A influência dos custos com o transporte e dos demais com a logística, foi testada com o efeito da variação no raio médio das áreas florestais dedicadas. Assim, os resultados com o projeto da inovação incremental indicaram que existe viabilidade econômica se as áreas de cultivo florestal forem localizadas até 117,77 Km da Usina, o que reduziria o payback do design atual do empreendimento de 13,10 para 11,90 anos. Contudo, se o raio médio for de 30 km, o projeto pode proporcionar um payback de 10,49 anos e o VPL de R$ 10.489.586,13. Assim, respeitados os aspectos técnicos, ambientais e político-institucional, concluiu-se que o projeto é viável, podendo provocar inovações ulteriores na economia local, visto que a parcela produzida em 20% das áreas remanescentes, designada ao pagamento pelo arrendamento, aumenta a oferta de madeira de Eucalyptus sp., no raio de ação do projeto. Todavia, foi identificado que o preço competitivo para a Usina adquirir biomassa permite a compra de terceiros até o raio de 22,93 Km, o que, contudo, possibilita construir uma ligação robusta entre as cadeias de agroenergia e de produção florestal, o que respalda a formulação de políticas públicas que estimulem a inclusão de agricultores nesse processo produtivo com vistas ao desenvolvimento regional.

Para baixar o trabalho na íntegra:  clique aqui (Dissertações-2010-21/08/10)

terça-feira, 21 de junho de 2011

O futuro do trigo

Na próxima semana vão ocorrer, em diversos locais do Paraná, Seminários para discutir "O Futuro do Trigo". Recebemos o convite, daí o Orlando fez este belo comentário, que vale para reflexão. Particularmente compartilho e concordo plenamente com tudo o que ele ponderou, acrescentando que há no Brasil uma distorção muito grande no consumo da nossa sociedade: um país tropical, que tem uma cultura praticamente sem risco, a mandioca, e consumindo pãozinho de trigo até no Nordeste, um produto que tem pouco a ver com nosso clima.
Abaixo, o belo texto do nosso grande companheiro:

"Apesar do corre-corre, uma pequena reflexão de quem está acompanhando o trigo (mesmo estando no Arenito quase sempre) como profissional e cidadão. Antigamente havia uma política específica de governo para dois produtos agrícolas que, diferentes dos demais, com mais status, se vinculavam a Institutos ligados ao MIC Ministério da Ind.e Comércio. Eram a cana, ligada ao IAA Instituto do Açucar e do Álcool e o Café, ligado ao poderoso IBC. Ambos eram produtos de primeira linha nas políticas de governo. Os demais, ficaram para o porão do poder, no Ministério da Agricultura. E o trigo, apesar de ser fortemente importado, tinha o CTRIN que era um orgão do BB, inclusive com equipe de Eng.Agrônomos, que era o executor de uma Política Nacional para o setor dessa cultura. Dentre outras coisas, o governo, que controlava "todo" o trigo que girava no Brasil, retinha 1% do valor para "pesquisa de trigo" e com essa verba se fez um conjunto de prédios e de pesquisa em Cascavel. Quando visitei lá há mais de 20 anos, era algo meio primeiro mundo para aquele tempo. Depois, a política do trigo mudou e a unidade de pesquisa passou para a OCEPAR e hoje é Coodetec.

Aqui já vai a primeira reflexão pessoal: O trigo é concorrente do arroz e da mandioca, ambos dois produtos com forte inserção na nossa economia rural e na dieta do nosso povo. E a mandioca é de baixo risco agronômico por ser de ciclo longo. Por que uma política de proteção ao trigo e que pode (e prejudica) os produtos similares que no Brasil tem raizes econômicas e culturais? A dirtorção fez até o povo no Norte e Nordeste do Brasil passar a consumir menos mandioca e mais trigo, fora da "cultura" do povo.

Mas o mais grave da época: O governo comprava todo trigo nacional e importado por algo como 500 dolares a tonelada e repassava aos moinhos por digamos 250 dolares. Era um subsídio (só ao trigo e somente só) de ao redor de 1 bilhão de dólares por ano, fora as indenizações de proagro que eram muito frequentes. Ao ponto de ser comum o agricultor comprar o adubo para o trigo com a mesma fórmula que a da soja e não usava o adubo no trigo e torcia para gear. Se geasse, era indenizado inclusive sobre o fertilizante que não usou.... e usava na soja, barateando o custo. Era um crime.

E lembrar que o trigo foi sempre pródigo em uso de fungicidas que nunca foram baratos. Umas chuvas à mais e babau o PH. E tem muita gente que até pouco tempo atrás falava desse tempo como período áureo do trigo. Era a meu ver a "farra do trigo".

Quem mais ganhava com ela era o pessoal dos insumos.

No tempo do Collor, mais por falta de caixa do que por juizo, acabaram com essa política do trigo e deixaram a cultura ao sabor do mercado. Mas e as outras culturas, como a mandioca e o arroz, não enfrentam o "sabor" do mercado? Por que só o trigo deveria ser protegido?

Com esse sistema anterior, ninguém se preocupava em ter trigo de qualidade, já que o governo comprava tudo e pagava o dobro do que valia no mercado lá fora. Os moinhos ganharam horrores de dinheiro e se estabeleceram nas zonas portuárias ou terminais de trem, tipo Ponta Grossa e tudo o mais. Os fretes, o governo dava conta de tudo e estocagem também.... Ver o tamanho da CONAB lá de Ponta Grossa.

Com o trigo entrando, menos por juizo do governo, mas por falta de caixa, ao mercado, as coisas começaram a patinar e inclusive os compradores passaram a exigir qualidade. E os produtores ainda não se adaptaram para entender que se um produto é para o "mercado", tem que ser produzido o que o mercado quer. Simples assim. E a cultura é de custo alto por causa do nosso clima e manejo e não é muito competitivo em termos internacionais. Esta é mais ou menos a realidade atual, sobre a qual os debates, espero, estejam sendo travados.

Abraços do colega ATR Eng.Agr.Orlando Lisboa de Almeida -Maringá - PR"

domingo, 19 de junho de 2011

Plano Safra 2011/2012 - II

Governo quer recuperar 15 mi de hectares em áreas degradadas, em dez anos

A intenção é aumentar a produção agropecuária, evitando mais avanço sobre áreas de florestas. Atualmente, o País tem cerca de 47 milhões de hectares ocupados com a agricultura e 170 milhões de hectares usados para a pecuária. Embora os dados em relação a áreas degradadas variem de acordo com os critérios usados para mensurá-las, técnicos do Ministério da Agricultura afirmam que elas somam pelo menos 30 milhões de hectares no País, o equivalente a mais de 60% das terras cultivadas com grãos. Os maiores potenciais de recuperação estão nos estados da região Centro-Oeste, no Tocantins e no Pará.

Para incentivar os produtores, o governo disponibilizará R$ 3,15 bilhões em créditos dentro do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), criado na safra passada, mas ainda sem muita adesão. Além da recuperação de áreas degradadas, o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, Derli Dossa, explica que o programa pretende financiar o plantio de 300 mil hectares de florestas. Em mais 550 mil hectares será financiado o plantio com fixação biológica de nitrogênio; em 800 mil hectares, o plantio direto na palha, e em 400 mil hectares será feita a integração lavoura-pecuária-floresta.

Para aumentar a popularidade e a procura pelo programa, Dossa destacou que o ministério investirá em várias frentes: divulgação na imprensa da importância de se reduzir as emissões de gases de efeito estufa, treinamento de 5 mil técnicos nesse modelo de agricultura, distribuição de material a todo o corpo técnico treinado, com acesso aos produtores, estudo dos estados com problemas e motivação de lideranças locais.

"Um dos maiores problemas é falta de profissionais especializados em fazer projeto nesse tipo de produção para ter os recursos liberados", explicou Dossa, ressaltando a importância do treinamento de técnicos do ministério e superintendências regionais.

As linhas de crédito do programa são diferenciadas, com as menores taxas da agricultura empresarial, 5,5% ao ano, e prazo de até 15 anos para pagar. O limite de financiamento para produtores é R$ 1 milhão.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Anunciado hoje o Plano Safra 2011/2012

Safra terá mais crédito e foco na agricultura sustentável

Os produtores rurais terão mais recursos para financiar a próxima safra, que começa em julho. O governo federal vai destinar R$ 107,2 bilhões para a agricultura empresarial. O valor é 7,2% superior ao destinado no ciclo 2010/2011. O crédito faz parte das ações do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 (PAP) anunciado nesta sexta-feira, 17 de junho, em Ribeirão Preto (SP) pela presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Entre as novidades do plano estão linhas de financiamento específicas para pecuária que permitirão a compra de matrizes e reprodutores e recursos para renovação e expansão de canaviais. Os criadores poderão contratar até R$ 750 mil para investimentos em compra de reprodutores e matrizes de bovinos e búfalos. Na temporada 2011/2012, o pecuarista também terá um limite de custeio 136% maior que o fixado no plano anterior. O valor passará para R$ 650 mil incluindo pecuária de corte, leiteira, ovinocaprinocultura, apicultura e suinocultura. No ano passado, o limite era de R$ 275 mil.

Para aumentar a eficiência e ampliar a produção de cana-de-açúcar, foi instituído pelo governo um novo programa de investimento, com limite de R$ 1 milhão e prazo de cinco anos para pagamento.

Outra inovação do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 é a unificação e aumento dos limites de financiamento para custeio de todas as culturas e atividades para R$ 650 mil, por produtor. A mudança representa uma elevação de até 225% nos valores máximos que poderão ser contratados. Antes, cada produto tinha um limite estabelecido.

Sustentabilidade
A partir da safra 2011/2012, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em julho passado, vai incorporar todas as ações que incentivam a produção de alimentos com preservação ambiental. No total, os programas de investimento voltados a atividades agropecuárias que permitem a mitigação da emissão de gases de efeito estufa terão R$ 3,15 bilhões e poderão ser contratados com condições mais facilitadas.

Esses recursos serão destinados ao financiamento das práticas agronômicas sustentáveis preconizadas no ABC, agora fortalecido com a incorporação do Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora) e do Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa). O Programa ABC dará ao produtor condições de financiamento com taxas de juros de 5,5% ao ano, mais baixas que o fixado para a maioria das linhas de crédito para agricultura (6,75%). O prazo para pagamento é de 15 anos.

Investimento
Os programas de investimento terão um acréscimo de quase 14%, passando de R$ 18 bilhões para R$ 20,5 bilhões. Além da ampliação dos recursos, haverá mais incentivos para o médio produtor, as cooperativas e investimento em armazenagem, bem como garantias de acesso ao crédito destinado à produção sustentável.

O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá 48,2% mais recursos que o estipulado na safra 2010/2011. No ciclo 2011/2012, o Pronamp coloca à disposição dos produtores R$ 8,3 bilhões para crédito de custeio e investimento, com taxas de juros de 6,25% e até oito anos para pagamento, no caso de operações de investimento.

Outra alteração importante foi o aumento do limite de renda bruta anual para enquadramento no programa que passa de R$ 500 mil para R$ 700 mil. Além disso, os limites de custeio e de investimento/beneficiário foram ampliados, respectivamente, para R$ 400 mil e R$ 300 mil.

Os produtores ainda terão um limite maior de financiamento pelo Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro). O valor máximo a ser contratado por produtor subiu de R$ 300 mil para R$ 600 mil e o crédito coletivo passou de R$ 900 mil para R$ 1,2 milhão. O prazo de reembolso também foi ampliado de oito para dez anos.

Além de financiar reforma e construção de armazéns para estocagem da safra, os recursos do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) poderão também ser aplicados em armazéns para insumos e galpões para colheitadeiras, tratores e outras máquinas agrícolas.

Fonte: Ministério da Agricultura.
Para maiores detalhes clique no link do MAPA

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ministro divulga estimativas

Anúncio do Plano Safra 2011/12 está confirmado para sexta-feira, vamos aguardar!

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anuncia às 10h desta terça-feira, 14 de junho, em Brasília (DF), o estudo Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021. A pesquisa do Ministério da Agricultura inclui dados sobre as estimativas de produção e exportação dos principais produtos agropecuários brasileiros.

Rossi confirmou também que o Plano de Safra 2011/2012 será anunciado em Ribeirão Preto, na sexta-feira (dia 17), pela presidente Dilma Rousseff. O anúncio está agendado para 10h30min. "Será um marco para o agronegócio, para a região e um encontro de lideranças", disse Rossi, numa referência à cidade do interior paulista que, além de sua base política, é o centro do principal polo produtivo de cana-de-açúcar e laranja do país.

O Plano de Safra 2011/12 terá R$ 107 bilhões em recursos, ante R$ 100 bilhões no ciclo anterior. Ao levar o anúncio para Ribeirão Preto, Rossi repete a ação do seu antecessor Reinhold Stephanes, que lançou os planos 2008/2009 e 2009/2010 em cidades de seu Estado, o Paraná. (Mapa e Correio do Povo)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Código Florestal - resumo do projeto

No dia 24 de Maio, o projeto lei de número 1.876 de 1999 foi aprovado pela Câmara dos Deputados por 410 votos favoráveis, 63 contrários e uma abstenção. O texto aprovado deve foi submetido para votação no Senado Federal nos próximos dias. Os principais pontos do projeto de lei aprovado na Câmara são os seguintes:

1) Mantém as áreas consolidadas até 22 de junho de 2008 com atividades agrossilvipastoris, ecoturismo e turismo em Áreas de Preservação Permanente (APP);

2) Será permitida a recomposição de no mínimo 15 metros de Área de Preservação Permanente em rios e córregos de até 10 metros de largura. O código anterior determinava uma mata ciliar de 30 metros. Permanece a exigência de 30 m para as áreas que se mantiveram preservadas;

3) Permite a manutenção de atividades florestais, de culturas perenes, de pastoreio e de infraestrutura consolidadas em encostas;

4) Em imóveis rurais com até quatro módulos rurais, ou seja, em média 72 hectares no Paraná, a reserva legal (RL) será formada pelo remanescente florestal existente até 22 de junho de 2008;

5) Para propriedades rurais com mais de quatro módulos rurais, as exigências de reserva legal continuam as mesmas do código florestal atual: 80% da propriedade na Amazônia Legal, 35% em cerrado na Amazônia Legal e 20% nas demais regiões;

6) Será admitido o cômputo da Área de Preservação Permanente (APP) no cálculo da Reserva Legal (RL), desde que não implique em mais desmatamento;

7) Os proprietários rurais ficam dispensados da averbação da Reserva Legal (RL);

8) A Reserva Legal poderá ser explorada economicamente;

9) A Reserva Legal poderá ser recomposta com até 50% de espécies exóticas;

10) O agricultor que necessitar efetuar a recomposição de reserva legal terá um prazo será de até 20 anos;

11) A Reserva legal fica passível de compensação, que poderá ser feita mediante a aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA, Servidão Ambiental, contribuição para fundo público e doação ao poder público;

12) A Reserva Legal poderá ser compensada por florestas implantadas em um mesmo bioma;

13) Será obrigatório o Cadastro Ambiental Rural - CAR para controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico das propriedades;

14) O programa de regularização ambiental - PRA será feito pela União, Estado e o Distrito Federal;

15) A assinatura de compromisso de regularização do imóvel anula punições de detenção e/ou multa que tenham sido aplicadas ao proprietário. A adesão ao programa de regularização deverá ocorrer em um ano, que pode ser prorrogado pelo governo, a partir da criação do cadastro de regularização ambiental (CAR). O cadastro será criado até três meses após a aprovação do substitutivo;

16) O programa de regularização servirá para estabelecer a regularização e manutenção das áreas consolidadas;

17) Aos estados fica possibilitada a competência para definir quais atividades consolidadas em áreas de preservação permanente são passíveis de enquadramento no PRA.

João Paulo Koslovski – Presidente do Sistema Ocepar
Fonte: Paraná Cooperativo

domingo, 5 de junho de 2011

Instituto de Nutrição de Plantas

Para quem não conhece, vale a pena dar uma conferida neste site da IPNI - International Plant Nutrition Institute, que apesar do nome em inglês, tem a versão em Português, e traz muitas informações técnicas importantes e atuais.

Um dos principais materiais produzidos, e que pode ser assinado para recebimento da versão impressa, é a publicação Informações Agronômicas. Para dar uma conferida no último número é só clicar no link a seguir INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 133 MARÇO/2011. No site, é possível conferir os demais números desde 1978, além de Anais de Simpósios e o Arquivo do Agrônomo. Este último traz uma série intitulada "Seja do doutor da ... (soja, milho, citrus, etc)", abordando nutrição, adubação, pragas e doenças, com fotos e tudo mais.

Uma boa dica de leitura é este material sobre milho, publicado recentemente, edição de setembro/10, que aborda o Uso eficiente de fertilizantes na cultura, é só clicar no destaque.
  
Para quem tiver interesse em alguma publicação, tenho uma série delas, principalmente as mais recentes (últimos 5 anos).