Para quem não sabe, nosso grande amigo Celso Seratto se tornou Mestre em Economia em 2010, e tivemos o prazer de vê-lo defendendo a tese. Segue abaixo o resumo do trabalho e o link para quem quiser ler toda a dissertação, cujo tema foi: "Viabilidade econômica de um projeto de produção de energia elétrica via biomassa florestal: estudo de caso a partir da Usina Santa Terezinha de Paranacity''. É a prova que o eucalipto é realmente multiuso e tem um grande potencial de aproveitamento.
Resumo
À luz da teoria de origem shumpeteriana, este trabalho avalia a viabilidade de um projeto de inovação, do tipo incremental, de processo, no seu sentido para a firma, que foi consolidado em um estudo de caso para a Unidade Termelétrica da Usina Santa Terezinha de Paranacity/PR. O projeto aproveita a capacidade ociosa do sistema termogerador de extração e condensação, no contraturno e na entressafra da cana, visando aumentar a produção de energia elétrica e créditos de carbono, suprindo o déficit do combustível convencional – o bagaço –, com a biomassa florestal – cavacos de Eucalipto –, que seriam cultivados em 5.059,8 ha arrendados. E, prevê usar os equipamentos agrícolas e de transporte disponíveis, além de adquirir os insumos e implementos destinados ao cultivo florestal com financiamento via BNDES e, as máquinas e equipamentos destinados à colheita mecanizada de processamento da biomassa deverão ser adquiridos via operação de leasing. A análise de viabilidade econômica e financeira foi feita com projeção no horizonte de 18 anos, com a técnica do fluxo de caixa descontado, utilizando os critérios da TIR, VPL e payback, à taxa de desconto equivalente a TMA de 13,75% a.a.. A influência dos custos com o transporte e dos demais com a logística, foi testada com o efeito da variação no raio médio das áreas florestais dedicadas. Assim, os resultados com o projeto da inovação incremental indicaram que existe viabilidade econômica se as áreas de cultivo florestal forem localizadas até 117,77 Km da Usina, o que reduziria o payback do design atual do empreendimento de 13,10 para 11,90 anos. Contudo, se o raio médio for de 30 km, o projeto pode proporcionar um payback de 10,49 anos e o VPL de R$ 10.489.586,13. Assim, respeitados os aspectos técnicos, ambientais e político-institucional, concluiu-se que o projeto é viável, podendo provocar inovações ulteriores na economia local, visto que a parcela produzida em 20% das áreas remanescentes, designada ao pagamento pelo arrendamento, aumenta a oferta de madeira de Eucalyptus sp., no raio de ação do projeto. Todavia, foi identificado que o preço competitivo para a Usina adquirir biomassa permite a compra de terceiros até o raio de 22,93 Km, o que, contudo, possibilita construir uma ligação robusta entre as cadeias de agroenergia e de produção florestal, o que respalda a formulação de políticas públicas que estimulem a inclusão de agricultores nesse processo produtivo com vistas ao desenvolvimento regional.
Para baixar o trabalho na íntegra: clique aqui (Dissertações-2010-21/08/10)
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