Considerando vários aspectos, entre eles, os citados nas matérias anteriores, abordando a forma de condução da cultura do milho safrinha na região de Maringá e as características do consórcio, meu parecer técnico é de que o produtor pode ter muito mais sucesso, ao longo do tempo, caso opte pelo cultivo isolado de cada um, fazendo parte da área com milho e outra parte, que pode ser menor, com a braquiária. Tenho várias razões técnicas para isso, mas talvez a mais substancial é de que, havendo um planejamento prévio de que parte da área não terá milho safrinha, haverá ganhos na soja a jusante e na a montante. Explico: a primeira soja poderá ser semeada com cultivares de ciclo médio, em novembro, na época em que comprovadamente a cultura tem as melhores condições de atingir seu pleno potencial, enquanto que no ano seguinte, a soja, após o manejo do capim, terá uma condição de solo muito superior se comparada à área onde se pratica a sucessão com milho safrinha, e por conta disso, um potencial de produtidade também superior.
Acompanhei um plantio de aveia no inverno e logo após o plantio de soja. É uma maravilha, o solo fica como manteiga, o plantio é excelente, emergência nota 10, não há torrões e sim a camada de cobertura. Efeito alelopatico e solubilização do fosfóro. Efeito esponja no verânico eleva produtividade. Sou mais aveia. Braquiária é agressiva e compete com Nitrogênio. Esta minha opinião.
ResponderExcluirTambém sou fã da aveia, que já é consagrada há décadas. O Iapar através do Calegari já dizia isso antes de eu entrar na faculdade. Ultimamente tenho acompanhando os plantios de braquiária, técnica mais recente, e vendo ótimos resultados para a soja. Acho que este ano, de "El Nino", é o ano da aveia. Em 2008 e 2009, em função da seca, a aveia não foi tão bem, mas este ano deve ser diferente.
ResponderExcluirO Carlos tem razão. A aveia é muito boa mas a formação de cobertura para PD de qualidade é muito incerta em função do clima. Com Brachiaria ruziziensis, a cobertura é de excelente qualidade e quantidade quase que independente de clima. É mais rústica. Se consorciada com milho safrinha com a devida técnica desenvolvida pela EMBRAPA CPAO, a competicão com o milho safrinha é muito pequena se comparado ao retorno em produtividade que dará à soja.
ResponderExcluirENG. AGRO. ANTONIO SACOMAN
É isso! No final, ambas só trazem benefícios, mas é certo que a braquiária deixa mais cobertura. Seja aveia ou braquiária, o importante é o produtor e os técnicos começarem a entender que não existe PD sem matéria orgânica.
ResponderExcluirO consórcio de milho safrinha com Brachiaria ruziziensis é um trabalho recente. Foi desenvolvido em Mato Grosso do Sul, mas se adaptou muito bem em algumas regiões do Paraná. Isso devido ao trabalho dos grandes profissionais da Cocamar. No entanto, é preciso identificar onde é aveia e onde é consórcio: uma não tira espaço da outra. Por ser uma tecnologia nova, não anda só, e existem informações que ainda não estão no conhecimento de todos. Temos algumas.
ResponderExcluirAQUI NO MS, O CONSÓRCIO MILHO SAFRINHA COM BRACHIARIA SP VEM SENDO UM SUCESSO E A CADA ANO MAIS PRODUTORES ESTÃO ACEITANDO E REALIZANDO EM SUAS PROPRIEDADES, PELOS DIVERSOS BENEFÍCIOS QUE O CONSÓRCIO PROPORCIONA. VEJO QUE PARA NOS AQUI, PELAS NOSSAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS É UMA PRATICA QUE VEIO PARA FICAR.
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