Coloco em destaque um artigo publicado no Jornal Folha de S. Paulo de 07/01/2010, escrito por MARCELO VIEIRA e LUIZ MARCOS SUPLICY HAFERS, sujeitos ativos da cadeia produtiva do café, que destacam a situação da cafeicultura brasileira. Vale a pena ler o texto todo, em todo caso destaco alguns pontos da análise:
... Estamos assistindo ao fim de um ciclo, durante o qual um único produto foi o principal em nossa pauta de exportações e financiou parte importante da industrialização do país... O Brasil ainda é o maior produtor de Café, o maior exportador, mas, mesmo numa fase de preços internacionais relativamente favoráveis, nosso produtor não tem obtido retorno adequado...Num negócio em que a mão de obra representa mais de 50% do custo da produção, um produtor que paga a um colhedor US$ 500 mensais não tem como competir com produtores da América Latina, da África e da Ásia, que buscam esse valor como renda anual... A indústria do Café passou por uma progressiva substituição do Café arábica, de mais alto custo e com maior potencial de qualidade, pelo Café robusta, produzido em regiões de menor altitude, com menor custo... O produtor de robusta, que abastecia 25% do consumo mundial há 30 anos, hoje tem uma participação de 40% no mercado mundial de Café... A expansão da cafeicultura tem vindo da produção familiar: o Café é, possivelmente, a cultura mais adequada a uma propriedade familiar, por ser uma produção intensiva no uso da terra e da mão de obra... Clique aqui para ler o texto na íntegra!
... Estamos assistindo ao fim de um ciclo, durante o qual um único produto foi o principal em nossa pauta de exportações e financiou parte importante da industrialização do país... O Brasil ainda é o maior produtor de Café, o maior exportador, mas, mesmo numa fase de preços internacionais relativamente favoráveis, nosso produtor não tem obtido retorno adequado...Num negócio em que a mão de obra representa mais de 50% do custo da produção, um produtor que paga a um colhedor US$ 500 mensais não tem como competir com produtores da América Latina, da África e da Ásia, que buscam esse valor como renda anual... A indústria do Café passou por uma progressiva substituição do Café arábica, de mais alto custo e com maior potencial de qualidade, pelo Café robusta, produzido em regiões de menor altitude, com menor custo... O produtor de robusta, que abastecia 25% do consumo mundial há 30 anos, hoje tem uma participação de 40% no mercado mundial de Café... A expansão da cafeicultura tem vindo da produção familiar: o Café é, possivelmente, a cultura mais adequada a uma propriedade familiar, por ser uma produção intensiva no uso da terra e da mão de obra... Clique aqui para ler o texto na íntegra!
Particularmente achei o texto bem coerente, onde fecha com a questão do endividamento do setor e sugere a erradicação da parte ineficiente do parque produtivo, o que levaria à redução da área e ao aumento da produtividade, com consequente redução das exportações, provocando um aumento das cotações internacionais. Para mim está claro que o café só é viável com alta produtividade, e mesmo na pequena propriedade a mecanização é fundamental, já que a mão-de-obra excassa e cara é o grande gargalo. Por aqui, o IAPAR, através do Dr. Tumoro Sera já vem defendendo essa alternativa de conjugação do adensamento e a mecanização na propriedade familiar, que fecha perfeitamente com a idéia central de aumento de produtividade e redução de custos.
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